Aurélio disse que Anacoluto é: [do Gr. Anakóluthos, pelo lat. Anacoluthon.] s.m. Gramática Figura de construção gramatical que consiste na ruptura da ordem lógica da frase, de tal forma que um termo fica sem enlace sintático com os demais. (Ex.: Eu, de repente, caíram-me os dentes.)
Já a wiki diz que: Anacoluto, é uma figura de linguagem que consiste numa metafora desequilibrada como se começássemos uma frase e houvesse uma mudança de rumo no pensamento - por exemplo, através do desrespeito das regras de concordância verbal ou da sintaxe. Num texto escrito dá a sensação de espontaneidade.
Existe anacoluto quando se forma uma frase incompleta, com parte do enunciado suspenso. Por exemplo: "Não me digas que..." - frase em que se omite o final, atenuando algo que convém não dizer alto e explicitamente, por diversas razões, permitindo uma infinidade de significados para a frase, ainda que o seu sentido seja facilmente apreendido pelo receptor, se estiver devidamente contextualizado.
É um recurso de retórica frequente nos autores que utilizam o fluxo de consciência (monólogo interior de um ou mais personagens transcrito. A narrativa apresenta-se como um fluxo de consciência que intercepta presente e passado, quebrando os limites espaço-temporais. Quebra da narrativa linear, onde já não é tão claro distinguir entre as lembranças da personagem e a situação presentemente narrada. No Brasil destaca-se a obra de Clarice Lispector.), como James Joyce. É também muito utilizado por Guimarães Rosa, como forma de retratar a fala coloquial típica dos moradores do sertão.
E nós temos (logica e modestamente) uma coisa assim sobre esse tal anacoluto, que seja o caso libertário de poder pensar indefinidamente de forma que se possa ter várias idéias e que estas não precisem de uma finalização para dar lugar à outras. Estar fora do modelo lógico e poder viver a interação entre idéias e pensamento que num casamento maluco fuja do entendível sem a necessidade do tal raciocínio linear é anacoluto!Idéias assim fazem destes dois (um) anacolutenuenses de pés rachados e cabeças aluaradas com o propósito simples: viver o anacoluto.